Nascimento do meu filho 08/11/1995 |
Ser mãe é algo muito estranho, sinistro e muitas vezes uma aberração, vamos lá, imaginem comigo: duas células se unem dentro de você geralmente durante um ato sexual e um ser humano começa a crescer dentro de seu ventre, depois de nove meses depois de muita dor e quilos amais você conhece aquele projeto de gente que te conhece pelo cheiro e já acalma e se aconchega em seu seio (literalmente para se alimentar), vê aqueles olhinhos brilhando cada vez que te vê, e você vai assistindo aquele "serzinho" crescer, aprender, errar, se machucar, brigar com você pra depois de uns minutos vir com a boca cheia de um "eu te amo" bem gostoso de se ouvir, um sentimento eterno, uma eternidade assustadora a despeito do futuro, literalmente tudo é sua culpa de alguma forma extremamente sobrenatural, realmente não tem explicação o amor de mãe pelo menos não pro meu, simplesmente sinto que tem um pedaço meu andando, vivendo por ai sem que eu tenha o menor controle, e isso da uma aflição, e se ele se machuca dói também em mim, as vezes olho perplexa para o meu filho, como posso amar esse "ser" assim? Como definir um amor tão natural, verdadeiro, intenso e oque o difere mais ainda é a não exigência de recíprocidade, não consigo entender uma coisa dessas mesmo a sentindo a 15 anos. Talvez porque pra mim essa é a loucura de ser mãe, uma espécie de continuação de mim mesma em outra vida, acho que isso que transcende e diferencia esse meu amor ou essa espécie de amor materno.
Niver de 15 anos do meu filho 08/11/2010 |
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